O vice-prefeito de Porto Velho, Dalton Di Franco, e
o secretário municipal de Meio Ambiente, Edjales Brito, apresentaram nesta
quinta-feira, 14, o Projeto de Arborização de Espaços Públicos 2013/2014, em
solenidade ocorrida na Sala de Reunião do Palácio Tancredo Neves, com a
presença de técnicos da área, servidores, populares e vereadores. A realização
do Plano faz parte do conjunto de propostas apresentadas pelo então candidato a
prefeito da capital, Mauro Nazif, em sua plataforma de governo na campanha
eleitoral municipal de 2012.
Elaborado pela Sema, o documento em sua fase de
confecção recebeu propostas tanto do Grupo de Trabalho criado na secretaria
para tratar do assunto, como também da sociedade, por meio do I Seminário de
Arborização Urbana do Município de Porto Velho – Construindo o Plano Diretor,
realizado pela prefeitura em agosto deste ano. O detalhamento do plano foi
feito pelo engenheiro Otavio Ferreira, da Sema.
Para o vice-prefeito Dalton Di Franco, com a
elaboração do plano, o município dá um importante passo para a consolidação da
melhoria da qualidade do ambiente urbano de Porto Velho, ao trabalhar a
arborização dos espaços públicos e privados da Cidade. “O projeto de
arborização vai preencher uma lacuna existente há anos, no que diz respeito aos
procedimentos técnicos para a arborização da cidade. Esse foi um tema discutido
pelo prefeito com a população durante a campanha”, lembrou.
O secretário Edjales Brito adiantou que o documento
tem por finalidade orientar as ações públicas da prefeitura no desempenho das
atividades de planejamento, plantio, monitoramento, avaliação e conservação da
arborização urbana, contribuindo para a biodiversidade, equilíbrio ambiental e
climático, bem-estar da população e a constituição da paisagem urbana da
cidade.
“Para que se possa alcançar a finalidade
estabelecida, o projeto tem como objetivo a elaboração das diretrizes,
estratégias e normas para a arborização urbana, tendo em vista a proteção e a
ampliação das áreas verdes da cidade. Porto Velho apresenta grande
heterogeneidade em relação a sua ocupação, com bairros antigos convivendo com
outros mais modernos. Estas diferentes realidades, decorrentes do próprio
crescimento da cidade ao longo do tempo, também se refletem na arborização das
vias. Diante disso, os procedimentos de gestão da arborização da cidade
enfrentam uma série de desafios, desde a sua implantação até a manutenção”,
explicou o secretário.
Substituição do ficus
O projeto que teve sua elaboração coordenada pelo
engenheiro florestal Denis Oliveira e pelo engenheiro agrônomo Otávio Ferreira,
em sua primeira fase, prevê a substituição das árvores do gênero Ficus, etapa
já iniciada com a retirada das árvores da avenida Tiradentes, Serão
substituídas 182 árvores da espécie e 220 mudas, sendo 142, que serão
erradicadas na avenida Tiradentes, no trecho entre a avenida Jorge Teixeira e
rua Buenos Aires, numa extensão de 1,1 quilômetros. Outra 36 árvores serão
retiradas da avenida Chiquilito Erse (antiga Rio Madeira), no trecho entre as
avenidas Rio de Janeiro e Raimundo Cantuária, totalizando 500 metros de
extensão. No cruzamento da avenida Guaporé com a Rio de Janeiro, serão
substituídas 10 árvores numa extensão de 50 metros.
Edjales Brito adiantou que a erradicação das
árvores de ficus é uma medida necessária porque, além de ser uma espécie
invasora, a árvores ocasiona uma série de problemas, como a quebra de calçadas,
meio fio, e interfere até na drenagem, pois sua raiz, na procura de água, entra
na tubulação impedindo a passagem das águas das chuvas, contribuindo assim,
para o problema de alagações que ocorrem em vários bairros da cidade. Elas
serão substituídas por espécies como a oiti e o ipê (roxo, branco e amarelo).
A oiti é uma árvore muito usada na arborização
urbana por sua copa frondosa, que dá ótima sombra. As folhas são muito
apreciadas pela fauna em geral. Um aspecto notável desta espécie é sua
reconhecida resistência aos poluentes urbanos. Já o ipê, é árvore ornamental
para arborização urbana, de crescimento moderado a rápido, que não possui raízes
agressivas. Pode tornar-se inconveniente durante a quedas das folhas ou flores,
provocando sujeira na via pública ou ao alcançar a fiação elétrica ou de
telefone, devido a sua altura, que podem ultrapassar 12 metros. Outras espécies
que serão usadas no projeto de arborização são a resendá, munguba, sibipiruna,
flamboyant e canafistula.
Segunda etapa
Na segunda etapa, será arborizada a avenida Mamoré,
no trecho que vai da Raimundo Cantuária até a Francisco Barbosa, próxima à
rodovia Chiquilito erse (BR 364). A Rio de Janeiro receberá plantio no trecho
entre a Rio Madeira e Guaporé, onde serão plantadas 150 mudas. Os técnicos da
Sema já constataram que na via, o canteiro central tem poucas árvores havendo a
necessidade de replantio e manutenção das mudas existentes. O calçamento também
é irregular, despadronizado, e em alguns pontos não existe calçada.
Na Buenos Aires, o trabalho de arborização será
feito no trecho entre a avenida Tiradentes e 07 de Setembro e no Canal dos
Tanques em dois trechos. O primeiro, entre a Rafael Vaz e Silva e e Getúlio
Vargas e o segundo, entre a Carlos Gomes e a Elias Gorayeb. Nesses locais serão
plantadas 1,33 mil mudas. Quinhentos e cinquenta no Canal dos Tanques; 150, na
avenida Rio de Janeiro; 320, na avenida Mamoré, e 340, na avenida Buenos Aires.
Em 2014, as vias a serem arborizadas são: a avenida
Caúla, a Campos Sales, próximo ao Hospital João Paulo II, Imigrantes e Jorge
Teixeira, Parque da Cidade, Parque Jardim das Palmeiras (Skate Park), as praças
Getúlio Vargas, Caladinho e Ipase Novo. O plantio também será feito nos
condomínios Habitar Brasil I e II, Candelária II, III e IV, PSH (conjunto Arco
Iris) e Vereadas I e II e nas áreas das escolas Flor do Piquiá, São Pedro,
Tarumã, Senador Olavo Pires, Rio Madeira, Beleza dos Buritis, engenheiro
Francisco Erse, Santa Margarida, Guadalupe, Antônio F. Da Silva, Maria Isaura
da Costa Cruz, Antônio Rebelo das Chagas, Nacional, Pé de Murici, João Ribeiro
Soares e Senador Darcy Ribeiro.
Será desenvolvido também o Projeto de Recuperação
de Áreas Degradadas nas Área de Proteção Ambiental (APP) da Salgado Filho,
entre a Álvaro Maia e Herbert Azevedo; da rua Joaquim da Rocha, no Castanheira;
da Campos Sales, com a Jacy-Paraná; e do bairro Três Maria. A previsão é que
sejam plantadas 7,75 mil mudas. Desse total. 1,77 mil mudas serão plantadas nos
espaços públicos; outras 465 mudas serão plantadas nos estabelecimentos de
ensino, por meio do Projeto Escola Mais Verde (PEMV); 889 nos condomínios, pelo
Projeto de Arborização nos Condomínios (PAC); e 3,45 mil mudas pelo Disque
Plante Uma Árvore, telefone disponibilizado à população pela Sema.
Por Joel
Elias | Fotos: Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário